sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Guia de autopromoção - Release de Imprensa by Artquest




Os melhores releases de imprensa são basicamente amostras de notícias, escrita por você mesmo na terceira pessoa (exemplo "O artista está expondo na galeria", em vez de "Eu estou exibindo na galeria"), que tenta convencer a um editor, crítico ou jornalista a escrever sobre uma pessoa em particular, evento ou exposição.

Os releases de imprensa são freqüentemente enviados com algumas imagens de exemplo que acompanha o texto, com informações sobre como acessar mais se necessário.

Formatação
Os comunicados de imprensa têm um formato simples e direto, que é bem compreendido pelos jornalistas para tornar mais fácil para eles selecionarem seções de release para a matéria. Na melhor das hipóteses (para você), um jornalista irá utilizar seu release inteiro para o artigo. Por que eles deveriam reescrever o que já está bem escrito sobre algo do qual eles já querem cobrir? Os releases de imprensa são uma ótima maneira de se começar a ter artigos sobre sua prática artística ou para transmiti-la a um grande público, se você seguir as regras.

Você também pode querer escolher uma "cara", layout ou marca de galerias ou de outras organizações já existentes que você sinta que melhor representa a sua prática.


A formatação básica é a seguinte:


Título
Mantenha este texto curto, incisivo e direto ao ponto. Lembre-se que muitos jornalistas não ouviram falar de você ou da sua prática, e você deve adaptar isso para as publicações as quais você se dirige. Uma manchete para uma revista especializada em arte deve ser diferente de uma para um jornal local.

Inclua uma data e as palavras RELEASE DE IMPRENSA no título para evitar qualquer confusão.

Subtítulo
Uma maneira útil de brevemente dar corpo à sua história - pense nisso como a primeira linha de um artigo de jornal, e tenha como objetivo abranger o máximo possível de interesse da história. Você está trabalhando com jovens, em uma área interessante, com materiais inusitados? Pense em como você pode interessar os leitores em seu projeto.


Corpo
O primeiro parágrafo deve incluir QUEM, O QUE, QUANDO, AONDE, COMO E PORQUE - a parte principal da história. Muitos releases de imprensa para galerias e exposições vão direto para filosofia e teoria por trás do "espetáculo" sem antes dizer por que alguém deve estar interessado nele.

  • Lembre-se que os jornalistas, críticos e profissionais do mundo da arte recebem dezenas de comunicados de imprensa a cada semana, e o tempo necessário para ler cada um deles é limitado. Para uma boa chance de conseguir interesse, o seu release tem de ser o mais claro e conciso possível.
  • Insira o máximo possível no menor espaço possível.
  •  Peça para um amigo para lê-lo para ter certeza de que faz sentido.
  • Evite hipérboles como "único", "avanço" ou "importante".
  • Manter a coisa toda tão breve quanto possível - de preferência uma página. Se um jornalista precisar de mais do que isso, eles entrarão em contato.

Conclusão
Idealmente, o seu release de imprensa escreve a história para que o jornalista não precise fazê-lo. Citações sobre o seu trabalho (a partir de fontes reconhecidas), descrições mais completas sobre as teorias por trás de seu trabalho e outras práticas importantes são importantes aqui.

Inclua um parágrafo ou algumas frases para complementar o resto de sua prática e outras coisas de interesse, ou mencione - histórico educacional, exposições ou outros projetos, etc.

Notas aos editores
Esta seção final repete algumas das informações da parte principal do release, mas em tópicos ao invés de texto livre. Também deve ser utilizado para fornecer mais sobre sua experiência, em frases curtas, que você acha que sejam úteis, mas não estão ligadas ao projeto principal.

Inclua também suas informações de contato para mais informações e imagens.


fonte:

Escrevendo seu Currículo de artes

by Artquest 

Pablo Picasso
Ter um currículo relevante, acurado e atualizado é vitalmente importante para os artistas plásticos, especialmente ao se candidatar à residências, workshops, patrocínios ou outras oportunidades.

É importante lembrar que um currículo para oportunidades na área de artes é geralmente muito diferente de um currículo utilizado usualmente para se arrumar um trabalho. Embora a apresentação seja importante para ambos, um currículo artístico tem exigências diferentes. Muitos artistas enviam o tipo errado de currículo para a oportunidade a qual se candidatam, o que pode ser prejudicial para as suas chances de ser selecionado. Esta postagem é apenas preocupada com com os Cvs de arte e relacionados.
Leia como fazer o seu currículo útil para cada oportunidade que você está se candidatando para e veja dicas valiosas para torna-lo claro, conciso e preciso.

Dividimos as principais seções contidas em um bom currículo de artes.

Sempre incluir as seguintes seções:

DETALHES DO NOME / CONTATO
Bem como o seu nome, inclua quando e onde você nasceu e onde viveu e trabalhou. As informações essenciais necessárias aqui são os seus dados de contato: e-mail, endereço, CEP e números de telefone para contato.

EDUCAÇÃO
Detalhes de sua história educacional com os itens mais recentes primeiro. Só mencionar as qualificações obtidas após o ensino médio: graduação, pós-graduação, mestrado, etc.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
Todas as exposições individuais que possa ter tido, incluindo o ano, o nome da exposição, galeria e localização (por exemplo, São Paulo). Se você já teve uma série de exposições individuais, use o título "Exposições Individuais Selecionadas" e incluem apenas o mais interessante e impressionante.

EXPOSIÇÕES COLETIVAS
Coloque as informações acima, mas para exposições coletivas. Alguns artistas optam por incluir o nome do curador, especialmente se este é bem conhecido. Novamente, se você tiver um monte delas, use o título "Exposições Coletivas Selecionadas" e inclua apenas o mais interessante e impressionante.

COLEÇÕES
Alguém já comprou o seu trabalho? Se sim, o seu trabalho agora faz parte da coleção de alguém. Novamente, o ano (de compra) em primeiro lugar, seguido pelo nome do colecionador, fundação, empresa, etc.

PRÊMIOS
Você ganhou ou foi pré-selecionados para algum prêmio? Forneça detalhes dos mesmos.

PUBLICAÇÕES
Informações sobre todas as publicações escritas sobre você ou seu trabalho, ou informações sobre todas as publicações que você contribuiu como autor. É melhor incluir o nome do ensaio ou artigo, nome da publicação, número do volume ou edição e a data para que ele possa ser pesquisado. Inclua referências online, se houver.

Dependendo da ocasião, também incluir as seguintes seções - pense sobre a oportunidade para a qual você está se candidatando e a experiência que você tem, e inclua apenas os títulos e informações relevantes:

PATROCÍNIOS
Detalhes de qualquer trabalho que tenha sido custeado para que você o pudesse realizar. Os patrocínios são inclusões importantes, pois mostram o nível de confiança que alguém ou alguma organização tenha depositado em você com dinheiro. Inclua ano, patrocinador, e qual foi o resultado (por exemplo, retrato, arte pública, etc.)

RESIDÊNCIAS
Pormenores de quaisquer residências de que tenha participado, incluindo o ano e o nome da residência. Quando a residência foi particularmente impressionante, inclua uma pequena sentença que defina o tipo de pesquisa que você realizou.

TRABALHOS PUBLICADOS
Ideal para artistas que produzem publicações como parte de sua prática (por exemplo, livros de artista). As informações devem ser organizadas como descrito acima.

Para todos os tópicos, ao invés de escrever muita informações em cada item, inclua uma URL onde possível para o site onde a informação possa ser encontrada.

Adicione mais títulos somente se for absolutamente aplicável.

Lembre-se, não há definição universal de certo ou errado sobre a maneira de escrever um CV. Não se preocupe se você não teve muitas exposições ou não ganhou uma série de prêmios – faça o melhor com o que você já tenha conquistado. Um CV bom, claro e conciso com duas páginas é o melhor - apenas inclua mais informações se a oportunidade pareça exigir mais, como se fosse para artistas muito estabelecidos e que precisem saber mais da sua experiência.

A dificuldade em escrever um bom CV decorre do fato de que não existem regras específicas e rápidas - cada oportunidade requer um elemento diferente a ser destacado no seu CV, e elementos diferentes para ser deixados de fora ou atenuados. Não há uma maneira certa ou errada, mas certamente há coisas que os artistas se beneficiariam ao considerar quando redigindo seus currículos.

Aqui estão algumas coisas para lembrar:

- Mantenha o design e layout do seu CV muito simples. Evite fontes ou designs elaborados.
- Use apenas tinta preta - CVs são muitas vezes copiados onde você os envia, e impressões a cores podem não ficarem tão boas como simples preto e branco
- Adapte o seu CV para a oportunidade. Leia atentamente as orientações para qualquer oportunidade que se candidata, e inclua somente informações relevantes. Por exemplo, se você está se candidatando para uma residência, incluem as residências que você tenha feito, ou de financiamento que você tenha recebido para participar em residências, ou referências de pessoas que dirigem as residências, etc.
- Use a ordem cronológica reversa, com listas datadas de sua experiência, por exemplo, na seção "Educação", coloque sua qualificação ou curso mais recente no topo da lista.
- Mantenha o seu CV e as informações que você enviar de forma concisa e pertinente.

- NÃO Inclua informações desnecessárias. Você só precisa incluir as experiências mais recentes ou qualificações adquiridas – mesmo assim, apenas se forem relevantes. Por exemplo, não inclua qualquer experiência profissional em um currículo de exposições, mas inclua exposições recentes em um CV para residência, uma vez que fornece mais informações sobre o nível de sua carreira nas artes e, portanto, permite um melhor juízo a ser feito sobre a forma como você poderia fazer em uma residência.
- NÃO Inclua informações sobre as qualificações escolares. Apenas as qualificações mais elevadas ou mais recentes devem ser incluídas, a menos que você as tenha. Inclua cursos de curta duração que tenha feito se forem relevantes - por exemplo,um curso de Final Cut Pro se você estiver se candidatando para uma residência de novas mídias.
- NÃO faça o seu CV maior do que ele precisa ser. Não é mais impressionante ter um currículo longo, especialmente se você está apenas começando. Almeje duas páginas A4 no máximo.
- NÃO esprema tudo junto. Pense sobre a composição e layout, e certifique-se que o CV esteja fácil de ler.
- NÃO incluir fotografia de si mesmo ou seu trabalho, estes devem estar em outro lugar quando requisitados.
- NÃO use mais de um tipo de letra ou fonte - mantenha o layout o mais simples possível.
- NÃO escreva o CV em prosa ou narrativa - use apenas itens como as listados na página de títulos e seções.

Seu currículo é para a apresentação de informações fatuais sobre si para o mundo.

Sempre considerar:
Qual é o propósito de enviar este CV?
Para o que eu estou me candidatando?
O que eles precisam saber sobre mim?
Como posso apresentar-me melhor?
Seu currículo é como um cartão - como ele é definido, organizado e que ele contém é a única informação que as pessoas que você o está enviando terão sobre você.


fonte:

http://www.artquest.org.uk/

Avaliando suas obras

Avaliando suas obras

Foto de Eduardo Hanazaki

Para muitos artistas plásticos, avaliar a própria obra é tão difícil quanto fazê-la. Este artigo destaca alguns dos principais fatores a se considerar na elaboração de seu próprio sistema pessoal de avaliação.


Ao considerar faixa de preços para colocar o seu trabalho, vale a pena considerar os conceitos-chave neste artigo. Este artigo é destinado a provocar a sua própria investigação e reflexão sobre sua própria escala de preço e não deve ser usado como um guia para o preço de seu trabalho, pois há muitas variáveis a serem consideradas na prática por cada um dos artistas.É importante lembrar que, de acordo com grande parte dos conhecimentos dentro das artes visuais, não existem respostas certas ou fórmula padrão para os preços de seu trabalho. Há, no entanto, muitas fórmulas e sistemas que podem ser de ajuda, e no final, você deve ficar satisfeito com os preços definidos.


CUSTO DE MATERIAIS

Qual foi seu custo com material? Antes de fazer qualquer outra coisa, você deve considerar seus gastos em fazer o trabalho físico e certifique-se de levar em consideração que você terá de cobri-los. Esta será a base sobre a qual você irá adicionar seus honorários e outros custos.

PREÇO POR HORA

Muitas pessoas e organizações artísticas recomendam que os artistas atribuam-se um salário por hora e, em seguida, considerar o tempo total que levaram para fazer o trabalho para chegar a um preço final, a idéia é que se você adicionar o seu salário por hora acumulada somados aos custos do material, você vai encontrar um preço. É importante ter em mente, contudo, que dependendo de onde você estiver em sua carreira e sua educação, o tempo que você levará pra fazer algum trabalho pode variar muito.
Um estudante de primeiro ano da graduação pode levar 35 horas para fazer um trabalho, enquanto um estudante de mestrado, recém-formado ou artista estabelecido, pode levar um tempo consideravelmente menor para fazer um trabalho semelhante. O aluno da graduação deve cobrar mais por seu trabalho porque ele tomou mais tempo para fazê-lo ou um artista estabelecido deve cobrar mais porque é mais experiente? Lembre-se que cobrar um salário por hora pode fazer um preço final proibitivamente caro para alguns artistas, ao mesmo tempo em que poderia prejudicar o valor do trabalho de outros artistas.
Embora possa haver algumas situações em que uma taxa de carga horária pode ser apropriada - como trabalhar no ensino e programas públicos - não deve ser considerado uma metodologia fechada para avaliar o trabalho.

PREÇO POR SEMELHANTES

Para se ter um idéia clara sobre o preço de seu trabalho, você precisa saber o que os artistas semelhantes estão fazendo. Seus colegas poderiam ser considerados como artistas semelhantes a você agora; artistas que estão em um lugar semelhante em sua carreira a você, e cuja média é comparável à sua (ou seja, se você pinta óleo sobre telas grandes não se compare a um escultor que trabalha em mármore ou a um artista de vídeo; procure outro pintor que trabalha com materiais semelhantes).

Esta pesquisa é importante para lhe dar uma visão realista e relevante do mercado. Se todo mundo com quem você se compare venda o trabalho entre, digamos $1.500 e $3.000, mas você pretende vender o seu trabalho a $5.500, você pode querer considerar reduzir seus preços. Da mesma forma, se você está considerando vender o seu trabalho por cerca de $400, neste cenário, você pode querer aumentar os seus preços (e sua autoconfiança no seu trabalho). Na verdade, você está fazendo um “benchmarking” de suas obras dentro de uma faixa de preço e se dando limite realista para trabalhar dentro dele.

ARTISTAS EMERGENTES

Tende a haver limitações de preço quando se trata de compra de trabalhos em exposições de graduação ou durante as fases iniciais da carreira de um artista. Como com qualquer coisa, existem exceções para cada regra, mas a maioria dos colecionadores (de grandes nomes a família e amigos) tendem a estar dispostos a pagar não mais que $1.000 para um trabalho em nível de graduação e em torno de $2.000 para trabalhos de mestrado.
Se seu trabalho é excepcionalmente grande, excepcionalmente intricado ou seus materiais são extremamente caros, então é claro o seu ponto de preço será maior do que essas diretrizes.

Note que estes são preços aproximados de um máximo e não um valor a atribuir a todos os seus trabalhos, independentemente do tamanho, preço de custo ou qualidade.

VALOR

Além de seu custo para fazer o trabalho, outra noção a se considerar quando avaliando o seu trabalho é seu próprio valor adquirido como um artista. Esse 'valor', difícil de fixar-se e único para cada artista, é aumentado por etapas, tais como:
Anos no negócio
Realizações profissionais
Grandes exposições coletivas ou individuais
Residências no exterior
Perfil dos seus parceiros e organizações com qual você trabalha
Sua reputação
O aumento da qualidade e complexidade do seu trabalho
Quanto mais destes "marcadores" você tiver em sua carreira, mais você aumenta a chance de um colecionador comprar o seu trabalho.

AUMENTANDO OS PREÇOS

Depois de ter estabelecido um preço de partida, você vai precisar crescer gradualmente deste ponto com o tempo.

Isto pode parecer óbvio, mas muitas vezes recém-formados ou artistas emergentes avaliam seus trabalhos no limite da marca 'razoável'. Uma vez que o artista vende uma ou duas obras, eles podem pensar que eles podem começar a aumentar os seus preços. Tenha em mente que você tem toda a sua carreira para aumentar constantemente os seus preços e ganhar dinheiro. Você não pode esperar pagar sua educação com sua exposição de graduação, nem esperar aumentar os seus preços após cada venda. Este é um processo gradual e lento.

Artistas poderiam considerar aumentar os seus preços entre 10% e 20%, após cada marco importante em sua carreira, tais como:
Depois de uma exposição coletiva com outros artistas importantes
Depois de uma exposição que se venda todos os trabalhos
Depois de ganhar um grande prêmio
Após um ano de sucesso da imprensa e de vendas
Ao definir a sua estrutura de preços original, lembre-se que é impossível reduzir o seu preço primário de venda (ou seja, o preço do trabalho que vem de você, ao contrário do mercado secundário, quando as pessoas que compraram o seu trabalho no passado o vendem) assim, não defina este valor mais elevado do que o mercado pode sustentar ou está disposto a pagar.

COMISSÃO DA GALERIA

Se você tiver a oportunidade de expor em uma galeria, quer como parte de uma coletiva ou como um artista plenamente representado, a galeria, como padrão, vai querer algo em torno de 50% do preço total da venda para cobrir os seus serviços. Isso vai significar uma de duas coisas: uma você precisa colocar um adicional de 100% no seu preço, de imediato, duplicando o seu preço, ou dois, ter tempo para ver se esse preço é realista para onde você está em sua carreira e fazer uma escolha sobre como ir para frente.

Coisas a considerar quando se decide se o seu trabalho ainda irá vender ao dobro do seu preço esperados são:
Suas realizações desde que você avaliou seu trabalho inicialmente, ou seja, você já expôs muito desde que você originalmente mostrou o trabalho? E você tem vendido muito a esse preço?
Pesquisa de semelhantes: por quanto às outras pessoas no seu nível de carreira estão vendendo seu trabalho?
O estado da economia. Ser realista é uma parte importante da venda. Se o clima é ideal para mover o trabalho no seu novo preço e você confiar na capacidade da galeria para vender o trabalho (ou seja, eles têm um histórico comprovado de trabalhar com artistas em sua fase de carreira para você, em uma faixa similar de preço), então faça isso!
Finalmente, e sempre o mais importante, você está feliz com esse preço? Você estaria confortável dizendo às pessoas que compraram o seu trabalho anterior sobre o novo preço?

Se por algum motivo, você não está confortável com um adicionado 100% em cima de seus preços, a galeria ainda deverá receber 50% para despesas de funcionamento, aluguel, publicidade em seu nome, apoio que podem vir a oferecer, etc. Isso significa que você pode ter que arcar com a perda pessoalmente. Mas uma pequena perda inicialmente poderia corresponder a um trabalho muito mais vendido, e não é realmente uma grande perda a longo prazo. Você deve considerar isso um investimento em sua carreira e potencial de venda futura.

Se você começar a exibir em galerias, como parte de exposições coletivas, mas sem representação completa, o que significa que você permite uma galeria vender seu trabalho, mas você também pode vender o trabalho por conta própria, é uma cortesia comum manter os seus preços iguais ao da galeria. Se uma galeria está vendendo o seu trabalho à $1000 e você está vendendo a $500, a coisa óbvia para um colecionador fazer é tentar comprar diretamente de você, assim, cortar a galeria e diminuindo os seus lucros e capacidade para atender despesas de funcionamento. Isto não é maneira de estabelecer uma relação com uma galeria, o respeito mútuo é a chave para trabalhar com qualquer organização e pode danificar sua reputação (e, portanto, capacidade para vender o trabalho ou criar novos projetos) se você fizer isso.

Seu relacionamento com galerias comerciais, bem como com qualquer outra organização com que trabalha, deve ser sempre registrado na forma escrita - em uma carta de acordo, contrato ou até mesmo um e-mail que define o que cada um vai fazer como uma parte de sua parceria.


referência: artquest.com
http://galeriagrazini.blogspot.com.br/2010/10/avaliando-suas-obras.html#more

Como fotografar suas obras.

Excelente artigo escrito por Evandro Hiram. Publicado no site http://galeriagrazini.blogspot.com.br/2011/01/como-fotografar-suas-obras.html




Nessa vida atribulada de artista contemporâneo, onde desempenhamos papel de marchand, secretário, boy, arroz de festa (além de outras coisas mais, antes de sermos artistas e trabalharmos em cima de nossa obra), uma das principais tarefas é a de registrar com qualidade a própria obra.

Não adianta nada você desenvolver um puta trabalho plástico e não ter nenhum registro decente do que você fez. Afinal, as pessoas terão acesso ao seu trabalho principalmente através de fotografias, seja em portfólio, na internet, em livro, ou onde quer que seja. Pense bem, você já viu mais obras diretamente, ao vivo, ou indiretamente, em livros e afins?


Já vi gente mandando obras pra galeria com um adendo no arquivo:  "P.S.: A cadeira que está em frente à tela não faz parte da obra". Cadeira na frente? O que o galerista vai pensar quando ver isso? Ou o júri do salão? Ninguém vai querer estabelecer parceira alguma com um “profissional" assim.

Sendo assim, quero dar algumas dicas para que você possa registrar seu trabalho com qualidade profissional, tendo desta maneira mais chance de ser aceito em editais, salões e galerias, para daí sim, o público ver as suas obras em "carne e osso".

Primeira dica: Contrate um fotógrafo profissional que tire fotos de obras. Ele vai saber o que fazer, e você não esquenta a cabeça. 

Tá duro? Não tem saco de levar as obras no fotógrafo de tempos em tempos conforme você for produzindo para ter tudo registrado? Ok, então vamos para a dica número 2: Faça você mesmo (muito melhor). Você poderá tirar quantas fotos você quiser, quando quiser, manipula-las do jeito que quiser, enfim, mil vantagens, e compensa financeiramente a médio prazo. Outra: não vou fazer listinha nem nada, e sim, meumodus operandi de fazer, de cabo a rabo.

Primeiramente, vamos falar sobre o equipamento.




Esquece essa coisa de máquina reflex monobjetiva analógica. Estamos na era digital. Invista em uma máquina digital semi-profissional de qualidade que já está bom. Não vou falar de marca nenhuma porque não estou ganhando jabá de ninguém, mas esqueçe as câmeras de bolso, tem que ser aquelas que trocam a lente, sabe? Que simulam as famosas monobjetivas. Se quiser ser artista de verdade, em algum momento você vai ter que pôr a mão no bolso. Marca conhecida, lente de qualidade e um número de megapixels considerável. 

O tripé é essencial. Os mais baratos obviamente não são muito bons. Tente investir em algo com um pouco mais de qualidade que não vai desmantelar sozinho em um mês. Pra não correr risco de tremer mesmo, um disparador é muito útil. Se não tiver, o timer automático quebra um galho.


Lente. De preferência uma com distância focal entre 85-105mm. A lente deve estar um pouco longe do trabalho a ser fotografado, evitando distorções. Esse tipo de lente permite isso, dando um bom foco e registrando detalhes com fidelidade. 




A solução mais barata para iluminação são os refletores tipo parabólicos com lâmpadas photoflood. O nome parece complicado, mas o material é simples e relativamente barato. Tenho certeza que você já viu esse material por aí. Um refletor de 30cm de diâmetro deve dar conta do recado. Esse tipo de lâmpada esquenta bastante, mas é o melhor que se pode conseguir a baixo custo para ter um bom resultado. Existem lâmpadas mais modernas que substituem a photoflood, como as de tungstênio e as halógenas. Aí entra uma pesquisa de preço e de bolso.





Um fotômetro também ajuda bastante. Você vai medir a luz que se incide sobre a sua tela e não a luz que reflete dela. Desta maneira, fica muito mais fácil de regular sua câmera. Lembrando que, obviamente, vamos fotografar dentro de um espaço fechado, sem ajuda de luz natural, ou de qualquer outra iluminação a não ser a indicada aqui, ok? Ah, desiste de tirar fotos de trabalhos em moldura de vidro. Dá um trabalhão e demoraria muito pra explicar aqui como fazer.




Bom, pra fechar a lista de materiais, você vai precisar de um lugar pra apoiar seu trabalho bidimensional, para que este fique angulado perfeitamente em 90°. Cavaletes de qualidade permitem isso, mas na falta deles, use a parede. E use uma espécie de cartão preto atrás do trabalho, para que as cores do fundo não influenciem na edição. Esta, aliás, que você vai fazer naquele Photoshop pirata que você baixou na net. Em caso de dúvida de Photoshop, envie um reply para este post, porque este artigo não abrange essa parte. A preocupação é tirar uma boa foto, pra depender o mínimo possível de qualquer ferramenta de edição de imagem.

Arrumada toda essa parafernália, vamos ao que você vai fazer com ela.

As duas coisas mais importantes ao tirar a foto: o posicionamento da câmera e a exposição da foto.





Posicione sua obra no cavalete em 90°. Após isso posicione cada lâmpada a 45° do trabalho, uma em cada lado, formando um triângulo. E as lâmpadas no tripé devem estar na mesma altura da obra, e com uma distância de 1,5m a 1,8m, de acordo com o tamanho da mesma.

Agora vamos posicionar a câmera. A distância é muito relativa ao tamanho da obra mas a ideia é preencher o visor de sua câmera com o trabalho. Caso você não esteja usando a lente que eu sugeri, coloque a câmera um pouco mais longe e use o zoom. O importante é que a lente esteja na altura do centro do trabalho a fim de evitar paralax (distorção de perspectiva), e perpendicular ao mesmo. Deixe o tripé da câmera bem ajustadinho e firme. Pra conferir, verifique no visor da câmera se as bordas do trabalho estão paralelas às bordas do visor da câmera, tanto nas alturas quanto nas laterais.


Exemplo de efeito paralax que deve ser evitado.


Com toda a tranqueira ajustada, você está pronto pra fotografar. Meça a luz que incide na obra com seu fotômetro. Faça isso nos quatro cantos e onde mais quiser, para verificar se todo o trabalho está recebendo a mesma quantidade de luz. Se não estiver, reposicione suas lâmpadas para que isso aconteça. 


As máquinas digitais permitem que se especifique o tipo de luz sob o qual se está fotografando. Não se esqueça de ajustar a máquina para "Tungstênio".

Regule o f-stop para f/11, que deve dar conta do recado sob as condições aqui apresentadas, e use o fotômetro para regular o obturador de acordo com o ISO (ou ASA, se o freguês assim preferir) escolhido e a abertura (aqui no caso, f/11). Lembre-se quanto menor a ASA, menos ruído e mais definição de detalhes terá a sua imagem. Use a menor disponível na sua câmera. Na falta do fotômetro, use o bom senso, ou o modo automático. Fazer o que...

Agora é só focar e tirar a foto. Não se esqueça de usar o timer ou o disparador (cabo ou remoto) pra câmera não se mover nenhum milímetro e voilá.

Para maior segurança, tire algumas fotos adicionais com aberturas diferentes (a maravilha da era digital é que quantidade de foto já não tem mais custo de impressão - acho que a nova geração já nem sabe do que eu estou falando). Use f/8, f/8/11, f/11/16 e f/16, apenas por segurança. Depois é só escolher a melhor.





É prudente também tirar algumas fotos de um pantone (aquela tabelinha de cores) com as mesmas especificações usadas pra tirar a foto do trabalho. Fica mais fácil de ajustar as cores assim que as imagens estejam no seu computador (claro que  o monitor deve estar bem calibrado também...). E faça anotações de tudo, muita informação sempre confunde a cabeça da gente.

Dicas: Ao tirar fotos de mais de uma imagem, agrupe-as por tamanho para evitar o máximo possível o excesso de movimentação da câmera.

Bom, outra solução mais barata é o improviso. Pegue a melhor câmera que você conseguir, use um banquinho como tripé, e umas luzes brancas para fazer a iluminação. Respeite o posicionamento das luzes como indicado acima, mantenha a câmera longe e use o zoom para tirar o efeito macro da lente, reze um pouquinho e mande bala.

Acho que é isso. Quem sabe no futuro, eu não escrevo um post de como editar essa foto apropriadamente no Photoshop?

Boa sorte a todos.


Obra "Carlos", de Clarissa Campello, usada como exemplo nas imagens.
http://galeriagrazini.blogspot.com.br/2011/01/como-fotografar-suas-obras.html

Como escrever um memorial descritivo artístico?

by Artquest 

IntroduçãoO memorial descritivo artístico é uma pequena redação sobre seu trabalho, prática artística e outras preocupações intelectuais mais amplas. Deve atuar como uma introdução para a prática artística como um todo, destacando em linhas gerais, os conceitos, motivações e processos de seu trabalho. Numa declaração mais longa, já pode-se detalhar sobre obras específicas.
O memorial descritivo deve dar ao leitor uma melhor compreensão de onde sua prática e seus interesses vêm, suas influências pessoais ou de seu trabalho e apoiá-los na interpretação sobre o que você faz. Você vai precisar de um memorial descritivo artístico para a maioria das inscrições para oportunidades, para assessoria de imprensa, sites e ao abordar galerias e curadores. Escrever um memorial descritivo artístico também ajudará a focar e ordenar suas idéias sobre sua prática artística.

ConteúdoDeclarações artísticas variam e se diversificam de acordo com as práticas a que elas se destinam, sendo assim, as sugestões a seguir servem muito mais como orientações e observações, ao invés de regras rígidas e estritas.
Coisas para se pensar que podem ajudar você a escrever seu próprio memorial, algumas perguntas que você talvez possa considerar:
• Com que suportes você trabalha? O que lhe interessa sobre este tipo de trabalhos?
• Por que você trabalha nesse suporte? Existe uma relação entre o suporte e as idéias com as quais você trabalha?
• Que processos estão envolvidos no trabalho e como eles são relevantes para com as idéias que você está lidando?
• Quais temas, idéias e preocupações que você considera exclusivamente em seu trabalho?
• Existem quaisquer influências externas ou idéias, talvez fora do universo das artes, que têm influência sobre seu trabalho?
• O que liga as peças individuais do seu trabalho em uma prática artística?

• Existem teorias, artistas ou escolas de pensamento em particular que sejam relevantes para seu trabalho?
• Há uma "intenção" por trás do trabalho, o que você quer que o trabalho alcance?
Coisas que você não deve incluir num memorial descritivo são:
• Informações sobre a sua carreira como um artista• Histórico de exposições• Histórico de trabalho
Se requerido, estes temas devem ser incluídos em um texto biográfico em separado da sua memorial descritivo artístico. Ao escrever, inclua citações de críticas e revisões, e qualquer referência na imprensa.
Escreve-los na terceira pessoa (o trabalho de Jane é...) ao invés da primeira pessoa (meu trabalho é...) torna-os mais fáceis de serem usados em release, e podem ser usados literalmente, se necessário, por jornalistas.

EstiloAlém de oferecer informações adequadas, a apresentação também é importante. As seguintes qualidades fazem um bom memorial descritivo artístico:
• Seja claro: use o português mais básico possível, a menos que você esteja lidando com conceitos específicos, e explique-os rapidamente. Não utilize linguagem complexa ou específica sem necessidade.

• Precisão: não disfarce o seu trabalho transformando-o em algo que não é. Uma declaração exata sobre um bom trabalho que lida com uma idéia relativamente simples, é muito melhor do que tentar fazer algo parecer inteligente cobrindo-o com hipérboles.

• Diga o que você vê: pode ser útil para se referir a qualquer qualidade física do seu trabalho em referência aos conceitos. Explique as decisões que você tomou sobre como o trabalho tomou forma e por que você o fez.

• Atenha-se ao assunto, que é a sua prática artística. O objetivo da memorial descritivo artístico é falar de uma maneira focada sobre sua prática, e não questões filosóficas ou conceitos mais amplos.

• Objetividade: o uso de superlativos e grandes afirmações ao descrever seu trabalho não vão lhe fazer nenhum favor. Tente ser objetivo ou pelo menos usar uma linguagem objetiva, ao descrever seu próprio trabalho.

ComprimentoUma pergunta comum é: "Quão longo deve ser um memorial descritivo artístico? Isso depende muito do objetivo da declaração. É uma boa idéia ter um memorial descritivo básico que você pode adaptar, aumentar ou diminuir à medida que precisa dela para coisas diferentes, fornecendo um ponto de partida rápida para inscrições e afins. Isso pode ser um parágrafo direto de cerca de 100-200 palavras, que poderá ser adaptado e estendido dependendo do caso.
fonte:http://www.artquest.org.uk/